O mapa
Terras nômades
o cajado da cultura
não lhe circunscreve o contorno
sua natureza singela soa algas nos
olhos
a pronúncia da fruta mastigada
a mirada desfaz dentro do mar
seus passos viram nadadeiras
sua sutil armadilha de conquista
dentro das águas lentas
nosso amor, mulheres
na solidão do tal caboclo
imóvel em terra alheia sonhador
sabe que as montanhas ao longe
definem a paisagem do amor.
o sotaque estrangeiro era aquele do
nome
pertencente imóvel dentre todas as
bocas
devoradoras do ocaso.
afagamos teus contornos distintos
teus peixes invisíveis teus cardumes
sonhando nome de cidades
inexistentes no fundo do mar.
há mais coragem em cidades de terras
vizinhas?
pergunta de penínsulas que elevam a
ponta
polegar adiante como cartografia de
cores.
Terras nômades, invento a terra que o
mar levanta
o vazio das absurdas falanges.
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