Na
escuta de outros rumores
(o
que se faz escuta de outros rumores
se
inventa nos sonhos mais antigos).Entre sombras essa matéria
De efêmero.
Aproximas aos sinais da terra
O nome a qualquer profecia
De futuro.
A estampar em avenidas
Os sons desgarrados
Aos que silenciam no olhar
O que percebe que entre a relva
Adormecem os sons os sonhos
As selvas e os gestos recolhidos
Por qualquer estação da existência.
Alguém
ao longe ecoasse: fosse
Em
tempo de colheitasAs semeaduras do estágio
Anterior a fragilidade.
Mas o
futuro em flauta
Ascende
na andançaTrajado de árabe mouro
Galopando mui eloquente
Desfiando em punho
A espada do destino a lança
Sobre
o gesto e dança
O
sinal da linguagemEm consciência onde a palavra
Toma forma e desfaz
Da matéria iniciática
O seu
percurso de borboleta
Negra
metamorfoseadaEm asas andaluz refletidas
Em azuis, em dois olhos
A
aprender a ciência secreta
A
sombria névoa dos animaisDesgarrados do bando
Sozinhos, nômades, ao sol.
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