o eterno mistério:
do que fizemos hoje há um ano atrás
nesse mesmo dia, gravaram-se peles no ar
um vão abissal de perdas e pássaros
na respiração a diáspora do gesto
navios entre acenos
estranhas geometrias pairam
nas íntimas despedidas.
a escrita meio galopante
como se me faltasse no trote do ritmo
a lembrança de que sim:
Robinson Crusoé chama do primitivo dentro
quando exploro os caminhos
também me atrevo para trás, até o buraco
dos tempos coloniais, assim pronta,
faço uma canção para cinco séculos
andar a cavalo, cair no buraco
uma experiência sem retorno.
sim, inventar a linguagem primitiva
de uma colônia. Ser quem inventa
no cavalo os pensamentos do vento
para saber do misterioso caminho.
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