Quando os campos
imaginassem cavalos
não decifro do verbo nenhuma escolha
no fim um script sem a precisão
dos campos que imaginam cavalos
caminhantes no chão de abismos cavados
sem a destinação de um mapa que apontasse essas terras
um mapa que apontasse um desenho que evoca
ao tempo das crinas de vento perdendo terras
enterram guerras na direção do futuro.
ou quando os campos imaginassem cavalos
no mesmo estado de mansidão pássaros
imaginam pousar sobre esses cavalos
imaginam esses em pedras onde gerânios
cobres cobrem interlúdios de pousos.
nessa ilha de comunidades indeterminadas
específica e trêmula corteja às voltas
num mapa de cotidiano e carne tudo
onde fronteiras sangras ainda anota
com traços mansos cavalos sonhados.
Os cabelos ao vento nessa aceleração contínua
Sem finalidade. Antes que rasgue mais um minuto de meu dia
Antes que parta por aquela porta, pela qual
chegaste à ordem propícia para as trocas
aqui são meus passos que circunscrevem as aldeias.
em mim. Nesse abismo temporal, viro
vilã permaneço viva? Escreve
tudo vaga ao menos por duas possíveis soluções
nunca fui prisioneira de Proust, eu e o narrador
não somos um blefe.
L´ Etalon blonc - 1973
Alguns homens em seus cavalos trazem relatos de viagens
a essas terras peço que suas falas confunda-se com a música
alguns homens de viagens trazem cavalos de suas viagens
peço que nessas terras imaginem músicas
em todo campo algodoeiro caminhante mentalmente
trazem também
inutensílios de fogo
e penso que
magma seja a mitologia que se atira
longe para que
dentro de todo labirinto de Teseu
a casa se
componha em redes que esses adormecem
até eclipsar-se porta
afora veja somente são as terras
a promessa de
virem para que os campos imaginem cavalos
e aponte no mapa sempre a mesma região.
e aponte no mapa sempre a mesma região.
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