Antes de haver conspirações ao tempo
cantos veneráveis pousavam
morada abstrata de Saturno
onde tudo fosse relativo
o outro lado talvez nos espreitasse em sua concretude.
Os segredos encolhiam-se aos pés nas areias
- o mar inteiro dentro da voz - Se venho,
de uma espécie terrestre, é por conhecer a terra
se me confundo com as ostras é
por guardar demasias de sentimentos
numa longa história de furtos as montanhas
E sei que você será como um vulcão
para atar-me aos ares
e que a minha tristeza pode ser
uma pedra a lapidar
da presença do mundo
da crueldade dos seres
microscópicos vivendo em bando.
Por osmose minha pele na tua
como minha mão na tua ou todas
as palavras impuras pronunciadas e também
as não pronunciadas que habitam
a garganta outras os gestos e outras
ainda os olhares. Viver pode ser isso.
uma espécie de existência contra
as inquietações
Assim os bichos de erguem, saem
calmamente do casulo:
uma explosão
antes o tempo cíclico
bem vivesse dentro do sol
A gôndola da brisa fosse
imensa a desfazer o instante
iniciático ato de vida.
Seus moinhos de vento a respirar
como se a vida mesma
se surpreendesse em sua mesma
existência de viver –
Atravessada a infância com os pés
no chão barro vermelho
por esse caminho
não tivesse compasso para medir
um quadrado que coubesse
na lua, só depois eu inteira desaparecendo
no tempo. E quem sóis?
Foi o tempo
o vento o cisne dos olhos
um atlas para o avesso do corpo
nos poros da pele rachadura
que finca seios bélicos
ao anúncio do prepúcio.
Não sei se em preto ou branco
névoa que encolhe o real
só sei que se me
perguntasse sobre o amor
teria respostas, mas talvez não
soubesse mais o que fazer com elas.
Porque as conspirações
são sempre guerras silenciosas
e se te roubaram o tempo
é por que jamais ele
houvesse lhe pertencido
Ou por que se não sabes
o caminho sou eu que refaço
sempre o mesmo laço
com a proa apoiada na amurada
para trás – despedidas a terra
sendo aquática – gira a manivela
para falar, desta vez, de humanidade.
cantos veneráveis pousavam
morada abstrata de Saturno
onde tudo fosse relativo
o outro lado talvez nos espreitasse em sua concretude.
Os segredos encolhiam-se aos pés nas areias
- o mar inteiro dentro da voz - Se venho,
de uma espécie terrestre, é por conhecer a terra
se me confundo com as ostras é
por guardar demasias de sentimentos
numa longa história de furtos as montanhas
E sei que você será como um vulcão
para atar-me aos ares
e que a minha tristeza pode ser
uma pedra a lapidar
da presença do mundo
da crueldade dos seres
microscópicos vivendo em bando.
Por osmose minha pele na tua
como minha mão na tua ou todas
as palavras impuras pronunciadas e também
as não pronunciadas que habitam
a garganta outras os gestos e outras
ainda os olhares. Viver pode ser isso.
uma espécie de existência contra
as inquietações
Assim os bichos de erguem, saem
calmamente do casulo:
uma explosão
antes o tempo cíclico
bem vivesse dentro do sol
A gôndola da brisa fosse
imensa a desfazer o instante
iniciático ato de vida.
Seus moinhos de vento a respirar
como se a vida mesma
se surpreendesse em sua mesma
existência de viver –
Atravessada a infância com os pés
no chão barro vermelho
por esse caminho
não tivesse compasso para medir
um quadrado que coubesse
na lua, só depois eu inteira desaparecendo
no tempo. E quem sóis?
Foi o tempo
o vento o cisne dos olhos
um atlas para o avesso do corpo
nos poros da pele rachadura
que finca seios bélicos
ao anúncio do prepúcio.
Não sei se em preto ou branco
névoa que encolhe o real
só sei que se me
perguntasse sobre o amor
teria respostas, mas talvez não
soubesse mais o que fazer com elas.
Porque as conspirações
são sempre guerras silenciosas
e se te roubaram o tempo
é por que jamais ele
houvesse lhe pertencido
Ou por que se não sabes
o caminho sou eu que refaço
sempre o mesmo laço
com a proa apoiada na amurada
para trás – despedidas a terra
sendo aquática – gira a manivela
para falar, desta vez, de humanidade.
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